As startups compõem um modelo de negócio caracterizado por empresas que entram no mercado para introduzir uma nova tecnologia, ideia ou negócio. São companhias criadas em busca de criações repetíveis e escaláveis, na maioria das vezes pautadas por inovações tecnológicas.
Alguns exemplos de startups amplamente conhecidas são: Buser, Uber, Spotify, Airbnb, iFood, entre outras. São empresas que revolucionaram a forma como as pessoas consomem diversos serviços inerentes ao cotidiano e rapidamente se tornaram extremamente valiosas e atrativas à investimentos.
Em 2022, uma onda de demissões em massa tomou conta do cenário entre as startups, há ocorrências da prática em diversas empresas, que optaram por dispensar centenas de profissionais em uma tacada só, e muito se especula acerca das razões para isso estar acontecendo.
A resposta para essa especulação deriva de diversos fatores que afetaram o cenário econômico mundial, resultando na prática da demissão em massa nas empresas. Buser, Loft, Netflix, Facily, Quinto Andar e Liv Up são exemplos disso.
A ocorrência do downsizing – estratégia das empresas para achatar suas estruturas hierárquicas – nas startups é consequência da economia no Brasil e exterior.
Os fatores principais para esse fenômeno são, o aumento das taxas de juros, a inflação e a guerra da Ucrânia, que resultaram na redução dos investimentos nas startups e na necessidade de reduzir custos e realinhar os orçamentos. Uma das medidas geralmente utilizadas pelas empresas em momentos de crise como esse é a redução do quadro de funcionários.
É evidente que todo o cenário de empreendedorismo passa por circunstâncias tensas em razão da crise econômica e dos diversos fatores que afetam diretamente o funcionamento dessas companhias.
Devido ao cenário delicado do mercado e das empresas, os investidores optam por companhias com maior solidez e estabilidade financeira, e as startups - geralmente devido a rápida ascensão - não possuem essa estabilidade, razão pela qual os investimentos neste modelo de negócio diminuíram, resultando na necessidade de adequações, principalmente financeiras, justificando a onda de demissões em massa observadas no último ano.
Casos recentes ocorreram em diversas empresas, uma delas foi a Quinto Andar, startup que atua no ramo imobiliário. A companhia dispensou cerca de 800 funcionários em abril de 2022, declarou que frequentemente faz ajustes internos em busca de maior eficiência profissional e priorizam algumas iniciativas internas, o que resultou em equipes e funções que deixaram de existir, gerando uma redução do quadro de funcionários.
Para as startups, após um período de ascensão, sendo alvo de altos investimentos, agora o momento é de redefinição das prioridades e contenção de gastos, visando reestabelecer a atratividade necessária para que os investimentos retomem o ritmo anterior, batendo recordes como em 2021.
Como já mencionamos em outros artigos, é preciso ter em mente que startups não tem um crescimento célere em termos de expansão e representatividade no mercado. A decisão entre investimentos em instrumentos de dívida (“debt”) ou de participação societária (“equity”) é muito importante, e a obtenção de capital nem sempre é uma tarefa fácil.
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Autoras: Beatriz Wehby e Maria Eduarda Romeiro
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